domingo, 16 de janeiro de 2011

Comunicação


A comunicação entre o conjunto dos estudantes do curso é fundamental para organizar a luta pela educação de qualidade. No ultimo ano percebemos quais debilidades devemos reverter e quais possibilidades devemos ampliar. Chegou a hora de utilizarmos todas as ferramentas disponíveis para articularmos o curso.
-Desenvolver uma política de comunicação livre entre os estudantes! Precisamos de um blog sempre atualizado! Revitalizar a lista de discussões por email!
-Ampliar a utilização do mural! E melhorar a utilização do quadro branco da sala!
-Um informativo mensal com matérias escritas pelos estudantes sobre as lutas do ME, temas profissionais como concurso e ofertas de emprego, além da atualização das regulamentações da nossa categoria!

Cultura


No ultimo ano tivemos uma grande novidade no serviço social: vida cultural. Happy hours tocando pop, samba, forró, rock e anos 80 garantiram uma ampla diversidade, mas achamos que ainda é pouco. Hoje a nossa sede é reconhecida enquanto um espaço aberto e livre de promoção de eventos culturais que vai para além da iniciativa da gestão ou até mesmo de estudantes do curso. Com isso, a sala tem apresentado pinturas nas paredes, moveis desorganizados e uma circulação de pessoas que ilustra que agora o CASESO é um espaço vivo. Hoje o problema da limpeza da sala nos impõe a tarefa de compartilhar a intensa utilização com a conscientização da importância de cada um contribuir com a manutenção do espaço. Para tanto propomos uma reforma na sede. Acabar com os happy hours e demais atividades culturais no CA não é a forma de torná-lo um espaço saudável. Esvaziar e acabar com o caráter cultural do CASESO é um retrocesso e o momento agora é avançar nas conquistas do ultimo período.
-A sala BT 430 é nossa, ocupamos e resistimos!  Agora é hora de conscientizar  para melhor utilizar!?
-Com as festas acumulamos dinheiro para o caixa do CASESO, chegou a hora de usar!
-Revitalizar o espaço do CA! Promover um concurso de desenhos para as paredes da sede!
-Organizar uma Oficina de Desenho!  Pintar uma tela de projeção!
-Realizar a primeira Semana Cultural do CASESO, estimulando a produção cultural das (os) estudantes e expondo-as nos dias!
-Utilizar a experiência das feiras de troca e torná-las frequentes e oficiais!
-Participar do FINCA! Continuar utilizando as festas como meio de arrecadação financeira e integração dos estudantes!

Noturno

Alunos do Noturno e Diurno Confraternizando no CA

Festival de Tortas Noturno

Agora o Serviço Social mudou. Trazido pelo REUNI, o turno noturno expressa as contradições desse projeto que precariza a educação, bem como a falta de um projeto político pedagógico, o reduzido quadro de professores que limita a possibilidade de cursar outras matérias e a ausência de investimento especifico no turno. No ano passado houve uma vitoriosa experiência na eleição de representantes de turma no noturno. Isso garantiu uma maior articulação entre os turnos. A realização de atividades tais como: calouradas, pré-ENESS e passagens em turma fortaleceu o vínculo entre o novo turno com o CASESO. Chegou a hora de aprofundarmos essa relação. Ao final dessas eleições é necessário que tenhamos uma gestão que compreenda a nova configuração do nosso curso. É necessária uma gestão que conheça os problemas e as necessidades vividas no noturno. Para tanto propomos:
-Pela elaboração com participação estudantil de um projeto político pedagógico!
-Pela elaboração de um plano de estagio! Contratação de mais professores enriquecendo a grade horária!
-Buscar melhorar a relação com o departamento! Que o departamento fique aberto ate o final do turno!
Festival de Tortas Noturno
-Lutar para que as atividades ocorridas no diurno também possam ser realizadas no noturno, tais como as reuniões de colegiado e as assembléias do curso!
-Exigir que a universidade reforce a segurança no campus! Instalação de iluminação, contratação de mais vigilantes por concurso público!


-Lutar para termos mais linhas de ônibus durante todo o turno noturno até o final da aula! Queremos assistir a aula toda e não pela metade!

- Construir, nas lutas, um novo movimento estudantil



ENESS 2010
                               A experiência de participar do ENESS no ano passado mostrou a necessidade de seguirmos avançando na articulação do CASESO com o restante do movimento estudantil de serviço social, seja ele em nível nacional ou em nível local. Infelizmente o nosso último encontro regional de estudantes de serviço social - ERESS foi implodido por setores irresponsáveis do movimento estudantil, resultando em uma desarticulação da nossa região. É preciso somar esforços para reverter essa realidade.
                               Diante do cenário de avanço das reformas neoliberais que precarizam a educação pública brasileira além de todas as ações de corrupção do governo. Vimos, no último período, o movimento estudantil ser dividido entre aqueles que seguiram pintando suas caras com a expressão da garra da juventude que ousa lutar e os que abandonaram as bandeiras de luta e passaram a ser fantoches dos governos e das reitorias. Foi vergonhoso o papel que a majoritária da UNE cumpriu apoiando a expansão sem qualidade das universidades, se negando a apoiar a luta pelo Fora Sarney e contra a corrupção, inclusive saindo às ruas pra defender os mensaleiros de 2005. Hoje muitos estudantes do curso estão na luta contra o aumento dos salários dos parlamentares. Onde está a majoritária da UNE?
                               Somos uma chapa formada por estudantes que constroem um campo de esquerda em nível nacional e local. Participamos da Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL), uma nova entidade do movimento estudantil. E, também, da oposição de esquerda da UNE. O nosso compromisso é de fortalecer o processo de reorganização do movimento estudantil. Para tanto, propomos um debate democrático contínuo e abrangente sobre tais entidades. Nos comprometemos em atuar nos espaços onde exista estudantes que queiram lutar e transformar a realidade da educação pública brasileira.
Pela reconstrução da nossa região!
Participação em todos os fóruns do movimento estudantil de serviço social!
Participar dos fóruns nacionais do ME! Garantindo intervenção orgânica na ANEL e na oposição de esquerda da UNE. Fortalecendo a reorganização dos estudantes!
Participar das mobilizações dos movimentos sociais , reafirmando a nossa aliança entre trabalhadores e estudantes!
Lutar contra a terceirização! Contra os contratos precarizados na UnB! Pela incorporação dos trabalhadores terceirizados no quadro da universidade a fim de garantir os seus direitos! Continuar presente em suas lutas!

Opressões


Movimento dos Pelados - Geisy Arruda
                Na sociedade em que vivemos nossas vidas são marcadas pelas desigualdades. A exploração capitalista condiciona a humanidade a um regime de fome e miséria. Somado a isso a opressão às “minorias” revela a situação extrema de negação dos direitos humanos e dos direitos específicos. Hoje, dois terços dos pobres do mundo são mulheres, dois terços das pessoas fora das escolas são mulheres e uma em cada três vítimas é sobrevivente da violência de gênero. A cada quatro minutos uma mulher sofre violência no Brasil, sendo que a maioria é assassinada pelos maridos, namorados ou ex-companheiros. Desigualdade e violência contra a mulher: até quando? Os exemplos de violência contra os homossexuais na avenida paulista expressa a onda homofóbica que cobre o país. A UnB não está livre disso. No ano passado vimos trotes homofóbicos e diversos outros atos opressores na universidade. Mas vimos também o CASESO reforçando os debates e indo para a pratica, nosso CA hoje é uma referencia para todo o movimento feminista, LGBT’s, e de luta contra as demais opressões. Devemos isso a uma gestão que estabeleceu relação com os coletivos da universidade, alem disso vimos o CASESO impulsionando e participando de todas as mobilizações em torno ao tema. Debater essa questão e realizar atitudes concretas é fundamental na luta contra o machismo, racismo, homofobia, preconceitos a deficientes físicos e diversos outros setores da sociedade. A nossa luta é todo dia.
- Criação de uma coordenadoria de Gênero, Diversidade Sexual (LGBT's), Etnia, Raça, e Deficiência, que organize seminários, debates e atividades;
- Pela descriminalização e legalização do aborto! Entendendo que o direito pela legalização do aborto é um direito da mulher. Debater e aprofundar a mobilização acerca das bandeiras de luta das mulheres e da classe trabalhadora!
- Ampliar e impulsionar um diálogo com os movimentos organizados da universidade, visando construir espaços de discussão sobre preconceito e opressão dentro da UnB;
- Defender as cotas raciais e cotas sociais na universidade e garantindo debate sobre o tema! Cotas para pós-graduação!
 Seguir realizando palestras, oficinas e campanhas de mobilização com as temáticas citadas.
- Em defesa da PL 122/2006! Contra a violência às lésicas, gays, bissexuais, transgêneros, transexuais e travestis! Por uma sociedade livre das opressões!


Happy Hour realizado contra homofobia que teve direito a manifestação, passeata pelo ICC Sul  e beijaço.

Assistência Estudantil


   Achamos que seja fundamental lutarmos por uma assistência estudantil de qualidade. A reitoria tem anunciado a reforma da CEU, depois de muitos anos sendo reivindicada pelos estudantes. Com isso a promessa é da universidade oferecer R$ 510,00 para cada estudante.  Mas muito longe do final do caminho, é preciso aumentar a cautela sobre essa questão e aprofundar, no cotidiano, a luta pela assistência estudantil.  
- Por uma reforma pensada junto com os estudantes. A universidade é responsável pelo lugar pra onde eles irão durante a reforma!
- Pelo aumento no número de bolsas-permanência! Pelo fim das bolsas-trabalho! Que as bolsas sejam oferecidas enquanto um direito, chega de contrapartida trabalhista! Que o valor seja vinculado ao salário mínimo! 
- Por mais vagas na CEU! Pelo fim da burocracia que impede os estudantes de conquistar o direito à assistência!

Formação/Departamento


 A formação profissional é um tema que envolve uma série de debates como a avaliação do curso, como se dará o ensino-pesquisa-extensão, como serão os estágios. Assim sendo, uma das tarefas primordiais do nosso CA é debater nossa formação profissional. No ano passado foram várias as iniciativas sobre esse tema. As duas calouradas realizadas trouxeram o debate do prejeto-ético-político do serviço social, apresentaram os grupos de pesquisa do departamento e também as entidades do SS, como ABEPSS, CEFESS, CRESS e ENESSO. Contribuiu para esse debate, também, o pré-ENESS realizado no Diurno e Noturno, além do repasse feito em assembleia geral pelos estudantes que participaram do encontro. Mas achamos que há muito caminho ainda a ser trilhado nessa área.
                Nesse momento estamos vivendo uma crise no nosso departamento: bem antes do final do mandato a gestão do departamento abandonou suas funções de forma irresponsável. Assim sujeitou ao curso um nível de instabilidade e insegurança quanto ao fechamento desse semestre e a matrícula do próximo.
                Também foram marcantes os problemas relacionados ao estágio. Muitos foram os estudantes prejudicados, ora pelas debilidades do próprio departamento, ora pelo descaso da universidade. Esse tema foi pautado em assembleia, mas achamos que é pouco. Desde já devemos impulsionar um processo de mobilização que reivindique uma coordenação de estágio. Assim, teríamos uma (o) professora (o) responsável por essa tarefa coisa que não temos hoje



Reforçar e defender o Projeto Ético-Político hegemônico do Serviço Social na nossa Formação Profissional, expresso nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS, aprovado em 1996 pela categoria, no Código de Ética do Assistente Social e na Lei de regulamentação da Profissão, ambos aprovados em 1993 e baseados na teoria social crítica e dialética.
- Promoção de debates integrando os estudantes de Serviço social na Participação das diversas áreas de atuação da profissão.
- Acompanhamento da formulação da política nacional de estágio a ser formulada pela ABEPSS fortalecendo este espaço e discutindo os documentos básicos aprofundando os debates sobre a nova lei de estágio e a resolução 523/08 do CFESS de supervisão de estágio. Para isso defendemos a garantia de uma supervisão de qualidade, mas também mais supervisores e mais postos de estágios e também a garantia dos estágios não obrigatórios.
- Fortalecer o papel da representação estudantil na ABEPSS na nossa região.
- Reafirmar a importância do ensino pesquisa e extensão no Serviço Social.
- Construir conjuntamente com o departamento a política de estágio e extensão, pautando as diretrizes curriculares da ABEPSS e enfatizando a descentralização de área com o intuito de assegurar qualidade do estágio na construção da identidade profissional.

1, 2, 3, 4, 5mil. Ou para essa afronta ou paramos o Brasil!


   Há tempos os governos têm deixado muito claro como tratam a educação: como uma mercadoria. Agora no início do mandato de Dilma já se apresenta um grande plano de cortes no orçamento, falando-se em cerca de 40 bilhões. Sabemos que a educação é sempre um dos primeiros setores a sofrer com esses cortes. Nos preparar para barrar o avanço de toda a afronta neoliberal, que foi o tom do governo Lula e que Dilma diz que seguirá aprofundando é fundamental. Assim, demonstra-se a necessidade de organização de todos os movimentos sociais combativos e principalmente o movimento estudantil, que sempre foi, junto à classe trabalhadora, um dos protagonistas nos processos de emancipação da sociedade.
                Vivemos hoje, concretamente a implantação do decreto do REUNI. A falta de salas de aula, falta de professores, falta de espaço físico para os Centros Acadêmicos, a falta de verba para a assistência estudantil são exemplos de como o REUNI se deu na nossa realidade cotidiana. Isso acontece porque o REUNI, enquanto projeto de reestruturação da universidade, prevê a dissociação entre o tripé Ensino, Pesquisa e Extensão e a transformação da universidade em um mero espaço de formação de mão-de-obra barata para o mercado.               Mesmo sem termos uma assistência estudantil de qualidade e todos os problemas acima citados, a reitoria prioriza a construção de obras que não atende as necessidades reais da universidade. Como exemplo, temos a construção relâmpago do “Beijódromo” que custou R$8,5 milhões, enquanto os novos campi  sequer tem seus prédios concluídos.
 Por isso, dizemos NÃO aos projetos do gov. que precarizam a educação e defendemos a construção democrática de um novo projeto de expansão!!!

- Por uma expansão com qualidade! Não ao Reuni!
- Por um novo projeto de expansão construído democraticamente!
-Contra as modalidades precarizantes de ensino trazidas pela reforma universitária - ENADE, Ensino à
distância, ProUni, Parcerias Público-Privado, etc.
- Em defesa do Plano Nacional da
Educação, construído pelo movimento
estudantil, docentes (como o ANDES) e
técnico-administrativos.

As fundações privadas geram profundas distorções nas atividades essenciais da universidade pública como ensino, pesquisa e extensão, submetendo-as a lógica do mercado. O papel que elas cumprem na universidade com certeza é incompatível com a construção do conhecimento critico e socialmente referenciado.
A universidade pública não pode promover, acolher, ou ser conivente com a utilização de seus recursos por estes estabelecimentos privados. É fundamental que as instituições públicas retomem o papel que delegaram as fundações e alem disso, as funda-ções privadas também geram um processo enraizado de corrupção criando uma relação promíscua entre o publico e o privado(como o caso que vivemos na UnB – 2008).
Lutar pelo fim das fundações de direito privado e também lutar contra a corrupção e em defesa da Universidade Pública  à serviço da classe trabalhadora!!!
- Não a privatização da Universidade! Pelo fim das fundações privadas!Pelo imediato descredenciamento da FINATEC! Não ao recredenciamento de qualquer outra fundação privada na UnB!

Quem vem com tudo não cansa...

“Se muito vale o já feito, mais vale o que será...”
                                Chegamos ao final de um ano em que muitos avanços foram dados no curso de serviço social da UnB.  Em um ano marcado por intensas mobilizações na Universidade com a greve geral, onde o CASESO conseguiu mostrar a sua cara sendo um dos únicos CAs que deliberaram, em assembléia geral, o apoio e a participação na luta contra o corte salarial dos profissionais da educação, recepcionamos as (os) novas (os) estudantes do curso apresentando muito do acúmulo político e de formação, realizando duas calouradas. A conquista de um ônibus pro Encontro Nacional de Estudantes de Serviço Social – ENESS, um dos marcos do último ano. Foram viabilizadas discussões de formação política e profissional. Também foram vários os debates e manifestações contra toda forma de opressão, além da participação ativa na luta pelo Fora Arruda e pelo passe livre para estudantes e desempregados. A última gestão impulsionou uma cultura de grandes debates democráticos e transformou o CASESO em uma referência para as (os) que querem lutar e discutir como transformar a universidade e a sociedade. Cumpriu-se o compromisso com a posição contrária à privatização da educação superior, lutando contra as fundações privadas, além de realizar uma grande novidade no curso: Os Happy Hours, que há muito tempo não se viam no Serviço Social.

 Trote Para Todos - Calouros e Veteranos se divertem com o Trote de SER
 
CASESO Um Espaço Democrático - Reunião da ANEL no nosso Centro Acadêmico

 
Viagem Para o ENESS 2010 - Com muita luta garantimos o ônibus gratuito para os estudantes
                                
Olhando pra tudo isso temos a certeza de que muito foi feito. Mas isso não significa que avaliamos que o último ano foi perfeito, e sim que temos que continuar mudando o rumo dos ventos, seguir no caminho certo aprofundando as conquistas e revertendo as debilidades, pois Quem Vem Com Tudo Não Cansa...