sábado, 17 de setembro de 2011

Todo apoio à Ocupação dos estudantes da UnB de Ceilândia!


“Ô reitoria eu quero ver, promete o CAMPUS, mas é só pra se eleger.”
Todo o apoio à luta dos estudantes da UnB de Ceilândia!
No último dia 13 a Universidade de Brasília – UnB se incorporou à lista das inúmeras ocupações de reitorias que explodiram nessas últimas semanas. Mais uma vez os estudantes dessa universidade escrevem páginas da história da juventude desse país. Indignados, os estudantes de um campus novo da universidade, aberto sob o contexto da implantação do REUNI, resolveram realizar um grande ato no campus central da UnB e, subindo as rampas do prédio da reitoria que levam ao gabinete do Reitor, fizeram a promessa de só às descer carregando em seus rostos o sorriso da vitória. Com muita ousadia e força esses estudantes se levantam pra defender a educação pública brasileira.
A Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL) esteve presente no processo de organização e está presente na ocupação desde sempre. Solidarizamos-nos com os estudantes da UnB de Ceilândia que ocupam a reitoria, exigindo do reitor José Geraldo e do Governador Agnelo, a conclusão do campus de Ceilândia, que deveria estar pronto há pelo menos 2 anos.
Novo campus: mais promessas que salas de aula!
Há três anos (desde o 2º semestre de 2008) esses estudantes esperam pela oportunidade de estudar em um ambiente adequado às necessidades de uma universidade, mas o descaso dos governos do DF e da reitoria da UnB com a construção dos novos campi e com a qualidade do processo de expansão da UnB impede esses estudantes de gozarem de boas condições de ensino. O novo campus não dispõem de infra-estrutura adequada funcionando durante 2 anos na metade do prédio de uma escola de ensino médio do DF. Não possuem bandejão e os centros acadêmicos não tem espaço físico pra funcionar. A segurança é outro problema. Todos os dias são denúncias de carros arrombados e estudantes assaltados. O projeto de expansão elaborado pelo governo Lula prometia o dia direito de sonhar com a educação acessível à todos. Os estudantes denunciam que essa realidade de descaso com a educação é uma afronta não somente à sociedade brasileira, mas também ao sonho de milhares de estudantes que estão sendo roubados.
Aqui, alí e por todo o Brasíl. Aqui está presente o Movimento Estudantil!
Infelizmente a realidade dos estudantes de Ceilândia é a mesma da grande maioria dos estudantes universitários de todo o país, os sucessivos cortes no orçamento da educação, promovidos pelos governos de Dilma e Lula, tem levado a precarização cada vez maior das condições de ensino e pesquisa das universidades públicas. Além disso, o projeto de expansão das universidades federais, REUNI, aprofundou ainda mais o quadro de sucateamento do ensino superior, pois a quantidade de recursos disponíveis é muito menor do que o necessário, diante da quantidade de novas vagas oferecidas pelas universidades federais.
A Educação Não Pode Esperar! 10 % do PIB Já!
Todos esses processos de ocupação no Brasil inteiro em algum momento de suas reivindicações são obrigados a se encontrarem. Hoje o patamar de investimento na educação está aquém do que é defendido e que foi prometido há 10 anos. O movimento estudantil, de educadores, da classe trabalhadora defende que 10 % do PIB seja investido na educação. Hoje a presidenta Dilma apresentou o projeto do Plano Nacional de Educação que daria as diretrizes pra educação no período de 10 anos. O último PNE, que foi aprovado em 2001 carrega a estatística vergonhosa de somente 1/3 de suas metas terem sido implantadas, de um total de 295 metas. A proposta do governo hoje é de aumentar o investimento na educação. Passando de menos de 5% (o que é hoje) para 7% do PIB brasileiro. Além de defender os inúmeros projetos que hoje são responsáveis pela precarização da educação, esse projeto defende que essa porcentagem seja garantida só para daqui a 10 anos. Ou seja, nos prometem para daqui a 10 anos o que nos prometeram há 10 anos.
E a UNE, cadê?
Infelizmente, mais uma vez, a luta dos estudantes parece não encontrar os caminhos que hoje são trilhados pela União Nacional dos Estudantes. Essa é mais uma ocupação em que a UNE não se faz presente. A atual gestão do DCE da UnB faz a infeliz escolha de permanecer construindo a UNE. Até agora o DCE se nega a convocar uma assembleia geral de estudantes. A realidade dos estudantes da Ceilândia é a realidade do conjunto da universidade. É preciso unificar todos os estudantes na luta pela UnB que queremos e contra o descaso da reitoria e do governo.
Lutar Não é Crime! Sucatear a Educação sim!
A ocupação de reitoria é uma forma legítima de manifestação, tendo em vista que, após inúmeros acordos e prazos descumpridos pela reitoria, os estudantes não têm outra opção para tentar garantir o seu direito a uma educação de qualidade. A ANEL chama todo o movimento estudantil, sindical e popular do país a se solidarizar com ocupação da reitoria da UnB, que é a 11º promovida por estudantes universitários do país nesse segundo semestre de 2011. Até a vitória!


MODELO DE MOÇÃO DE APOIO: Pegue a assinatura da sua entidade e escreva no comentário abaixo!

Moção de apoio à ocupação da reitoria da UnB
Através desta moção, queremos fazer chegar aos companheiros que ocupam a reitoria da UnB nosso mais irrestrito apoio e solidariedade.
A política de expansão precarizada implementada nos últimas anos no ensino superior brasileiro está dando todos os sinais de esgotamento. Como conseqüência, são dezenas de universidade em que os estudantes estão entrando em luta. Não é coincidência, portanto, que em toda a parte suas reivindicação tenham tanto em comum.
O que queremos é estrutura física adequada para estudar e políticas de permanência estudantil que ultrapassem a barreira da mera fomalidade, como bolsas, bandejões e moradia para todos. Assim, cada vez há mais luta porque o governo e as reitorias insistem em contrapor expansão à qualidade no ensino. Não compartilharemos dessa lógica.
Por isso, afirmamos sem hesitar que a luta dos estudantes da UnB é nossa luta – a luta dos estudantes de todo o Brasil.
Força, companheiros!
Assinam: ANEL, …