sábado, 5 de fevereiro de 2011

ANEL participa de protesto contra aumento dos parlamentares



“AH, EU NÃO AGUENTO, NO FINAL SÓ DEPUTADO GANHA AUMENTO”


Ana Carolina da Costa e Lucas Brito – ANEL DF


O dia 01 de fevereiro de 2011 foi marcado por intensas lutas contra as injustiças que o Congresso Nacional, apoiado pelo Governo Federal, realizou. No final de 2010 foi aprovado em tempo recorde no Congresso Nacional a lei que aumentou o salário dos parlamentares injustamente.


O ano passado terminou com o aumento de 10% no preço dos alimentos. As filas de desempregados e dos hospitais crescem diariamente. O governo continua propagandeando a falsa ideia de um Brasil que cresce para todos. O que esses fatos nos revelam é que o crescimento brasileiro só se efetiva para os ricos e poderosos, enquanto o povo pobre e a juventude tem de enfrentar a falta de vagas nas universidades, falta de emprego, educação sucateada, a alta inflação e no final de tudo perceber que o pouco que tinha foi varrido pelas águas de uma chuva anunciada pelo descaso dos governantes, como o ocorrido no sudeste.


Cerca de 350 manifestantes, entre eles estudantes e trabalhadores, se encontraram às 10h na rodoviária de Brasília para expressar sua revolta em um ato que seguiu em marcha, ocupando uma das principais vias da capital do país, com destino ao Congresso Nacional, onde ocorreria a posse dos parlamentares. A previsão para aquela manhã era um dia festivo onde se comemoraria o retorno dos ricos proprietários de terra, grandes empresários, corruptos e burocratas do Estado. Mas a ordem foi abalada. Aquela manhã ficou conhecida como mais um dia de luta no planalto central.


A ANEL, a CSP-CONLUTAS e o MTST estiveram presentes cumprindo um papel importantíssimo nesse time. As palavras de ordem, que reivindicavam o aumento de 62% no salário mínimo e denunciavam os benefícios e regalias dos parlamentares, deram o tom da manifestação. Partindo agora do Congresso Nacional, os manifestantes seguiram em direção ao Ministério do Trabalho e Emprego com uma carta de reivindicações com a expectativa de que ela fosse recebida pelo ministro.


Assim, os manifestantes permaneceram ocupando o prédio público até que o representando do executivo viesse escutar as reivindicações contidas na carta.


A ocupação durou cerca de 6 horas e, apesar da lei não ter sido revogada, um dos objetivos da manifestação foi alcançado. O ato conseguiu denunciar a injustiça do aumento parlamentar, e mostrar a todo o Brasil a necessidade de sair às ruas e lutar contra a exploração e a injustiça social.


Contra toda violência social sofrida pelos trabalhadores e juventude e contra todas as regalias parlamentares, gritamos em uníssono: “CONTRA O AUMENTO PARLAMENTAR, VAI TER MUITA LUTA POPULAR!”