ENESSO - Gestão 2011/2012
Pés no chão “A Cabeça Pensa onde os Pés Pisam”
Secretaria Geral:
Larissa Alves – Lali (UFS/ região III)
Responsável pela região. III e II
Contato: larissab8@hotmail.com – Tel: (79) 9122 – 6715
Coordenação de Relações Internacionais:
Juliana Fritzen - ( UFSC/região VI)
Responsável pela região VI
Contato: juliana.fritzen@gmail.com – Tel: (48)9658 - 3701
Coordenação de Formação Político Profissional
Rayara Fernandes (UFES/ região V)
Responsável pela região V
Contato: rayarafernandes@gmail.com – Tel: (27) 9989 – 4897
Deise Pimenta (UFRJ/ Região V)
Responsável pela região IV
Contato: deisesesoufrj@gmail.com – Tel: (21) 81479371 _vivo (21) 85489406_Oi (21) 79142066_Tim
Coordenação Opressões
Daniella Scheidt (UFSC/ região VI)
Responsável pela região. VI
Contato: dani_a_sch@hotmail.com – F: (48) 8467 – 0320
Taciane Couto (UFJF/ região V)
Contato: goncalves.taciane@gmail.com Tel: (21) 84330274
Coordenação de Finanças
Carolila Garcia (PUC - MG/ região V)
Responsável pela região I
Contato: carolgarcia.m@hotmail.com – Tel: (31) 8845 – 9024 ou 9321 - 4251
Coordenação de Comunicação
Josuel Rodriguês (/ região VII)
Responsável pela região VII e II
Contato: josuel.itu@gmail.com – Tel: (11)8707-3326 – TIM (11)7163-3756 - VIVO
(11)6161-7998 - OI
(11)6161-7998 - OI
Wanderson Magalhães (UFRJ/ região V)
Responsável pela região I
Coordenação de Cultura
Sheila Rothe (UFPR - Litoral/ região VI)
responsável pela reg. VI
cris-cheila@gmail.com
Coordenação de Movimento Sociais
Thalita Miranda (UNIFESP / região VII)
Responsável pela região. VII
Contato: thalitavmiranda@gmail.com - Tel: (11) 8582 - 3119
Organização Movimento Estudantil de Serviço Social - MESS:
Campanha Financeira:
Criar mecanismos de esclarecimentos junto aos estudantes da importância das inscrições nos encontros, entendendo que esses fóruns financiam a ENESSO em suas ações e campanhas para a formação de sua base;
Desenvolver política financeira que articule a ações de finanças e o trabalho de base, de forma a pensar uma campanha com produção de bottons, chaveiros, camisas, agit/prop como forma de divulgar a entidade e ao mesmo tempo buscar criar uma identidade do estudante com a ENESSO.
Fomentar o debate com os estudantes sobre a importância do pagamento das anuidades pelas entidades, compreendendo politicamente este processo já que esta garante a realização das campanhas da executiva, como financiamento de passagens, reprodução de material.
Repasse financeiro trimestral para garantir uma política financeira transparente.
Campanha de Comunicação:
Criação de um site e boletim informativo da ENESSO para a socialização dos debates do MESS, informações, campanhas, repasses das regiões, lutas com a finalidade de uma aproximação com @s estudantes, assim como, a manutenção do blog, facebook, Orkut e a lista da ENESSO;
Produção de vídeos com ex militantes do MESS colocando a importância de se construir a ENESSO com o intuito de fortalecer a identidade da entidade;
Ressaltar a articulação com outras entidades da categoria, estudantis e movimentos sociais;
Realizar seminários nas escolas sobre precarização do ensino superior como estratégia de fomentar o debate da Campanha “Educação não é fast-food” junto à categoria.
Ampla divulgação do ABC do MESS para orientação dos coordenadores regionais e secretários de escolas na operacionalização do trabalho de base.
Desafios: Construção do MESS pela base. Priorizando a participação ativa das estudantes. Constante articulação dos coordenadores regionais com os nacionais.
UNIVERSIDADE
Para a construção de uma universidade verdadeira popular, é imprescindível que a
ENESSO potencialize a criação de espaços democráticos de discussão, juntamente com técnicos-administrativos, professores, demais estudantes, sindicatos e movimentos sociais de maneira a construir e difundir na sociedade, um programa mínimo que contemple uma transformação verdadeira das universidades brasileiras, tendendo a referenciá-la numa perspectiva de classe.
É primordial construir a luta pela universalização do ensino superior, pelo aprofundamento da democracia nas “IES” conjuntamente com as comunidades e trabalhadores que hoje estão fora delas, por condições de permanência e para que o conhecimento produzido nas “IES” sirva aos interesses da classe trabalhadora na luta por um projeto societário socialista. Um primeiro passo nesta articulação é a construção do 1º Seminário Nacional de Universidade Popular, onde nós da ENESSO e outros setores da comunidade universitária e do movimento popular, estamos buscando construir um projeto de universidade “para além do capital”.
“É preciso enfrentar a estratégia das elites em subverter toda a educação ao seu projeto particularista, classista, a qual objetiva difundir seus interesses privados como se fosse o interesse de todos”. Gramsci
MOVIMENTO SOCIAL, CULTURA E OPRESSÕES.
É um movimento próprio do Capital criar aparelhos ideológicos que legitimem seu modo de produção, garantindo uma sociabilidade que naturalize sua exploração e suas desigualdades e disparidades sociais. Todavia esse processo de naturalização e padronização traz em seu interior o elemento da opressão. Apesar da cultura imposta na
sociedade capitalista, de produzir e reproduzir valores burgueses, entendemos também que há nela a possibilidade de resistência em que, grupos, povos e comunidades buscam reforçar sua identidade negando a idéia que lhe é imposta da hierarquização da cultura. A A mídia na nossa sociedade é monopolizada pela classe dominante e indispensável para a reprodução de sua ideologia. A criação de instrumentos de comunicação popular e a disputa dos espaços já existentes é indispensável para dar voz a quem não tem. Urge a necessidade de que a classe trabalhadora organizada, privada pelo capital que monopoliza os meios de comunicação, crie espaços alternativos para divulgar seus projetos societários e suas ações, além de se apropriar dos instrumentos já existentes.
Compreendemos o Movimento Estudantil como um movimento social e que suas lutas também são populares, e para concretizá-las entendemos ser indispensável a articulação com movimentos sociais comprometidos com a luta da classe trabalhadora, assim como outras formas organizadas de resistência como comunidades tradicionais, arte de rua etc.
A opressão machista é fruto da organização patriarcal da nossa sociedade, organização essa que é anterior ao capitalismo, mas que é potencializada e intensificada
por este. É necessário compreender a fundo a origem e organização do patriarcado, de onde surge a heteronormatividade (que é a regra que define como cada sexo deve se comportar), a homofobia e uma série de opressões. Devemos reconhecer o acúmulo do movimento feminista no que tange à auto-organização das mulheres e estimular espaços auto-organizados para fortalecer as mulheres e sua luta.
A violência étnico-racial também tem origem profunda na sociedade brasileira. A dizimação dos povos indígenas, a escravização dos povos africanos, a lei de terras, etc, são parte da estrutura racista de nossa sociedade. Também é necessário aprofundar neste debate, estimular espaços auto-organizados de negras e negros, que fortaleçam a construção da identidade e a luta.
Isso faz parte dos principais elementos de intensificação da exploração da classe trabalhadora. Quando essa classe trabalhadora se coloca contra essas opressões se organizando em movimentos sociais, o capital utiliza-se de seus instrumentos burocráticos e ideológicos para reprimir e criminalizá-los. Reforçamos nossa escolha de classe nos colocando lado a lado com o movimento LGBT, feminista e negro. Isso se faz fundamental no MESS: essencialmente composto por mulheres, negras e negros. Assim contribuímos para a construção de uma identidade do movimento estudantil.
Para a efetivação do programa elencamos como propostas prioritárias a construção dos Estágios interdisciplinares de Vivência (EIV); Cursos de Realidade Brasileira (CRB), construção do Tribunal Popular: Estado brasileiro nos bancos dos réus, Marcha Mundial de Mulheres, o Comitê Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, Comitê Contra o Extermínio da Juventude Negra e outras campanhas junto com os movimentos classistas de gênero, LGBTTT, etnia e raça, entre outros.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Na década de 80 vivenciamos um período de efervescência social no país. Exemplo disso foram as greves do movimento sindical no abc paulista, o surgimento do MST, a rearticulação do ME, vinculados ao projeto de redemocratização do Brasil. O Serviço Social que já vinha se aproximando da discussão da teoria social crítica, revendo seus posicionamentos e recusando a sua origem conservadora, teve seu ápice no Congresso da Virada, onde @s representantes da classe trabalhadora substituíram os representantes da ditadura na mesa de abertura.
A inserção do Serviço social nas lutas da classe trabalhadora provocou mudanças no direcionamento político da profissão materializados na Lei de Regulamentação da profissão, 1993, no Código de Ética, 1993 e nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS, 1996. Esse processo demarca a defesa de um novo projeto de profissão que se articula também a um projeto societário, pautado na emancipação da classe trabalhadora; na defesa da formação de um profissional crítico, interventivo e propositivo, capaz de pensar e elaborar respostas profissionais que potencializem o enfrentamento da questão social, a partir de uma análise de totalidade pautando a liberdade como valor ético central coloca a profissão como um dos sujeitos na construção de uma outra sociabilidade para além do capital.
A partir da década de 90 o Brasil experimentou da cartilha neoliberal que teve a Reforma do Estado o seu ponto alto. Foi nesse período que verificamos privatizações em massa, a redução/congelamento de verbas para as políticas sociais, mercantilização das políticas públicas que propiciou um aumento de vagas no ensino superior sem a garantia do tripé ensino, pesquisa e extensão.
É perceptível o avanço desmedido dos cursos de graduação pagos, presenciais e a distância que transformam a educação de direito em serviço com vistas a uma formação aligeirada, massificadora, sem reflexão crítica; bem como o descaso com a universidade pública em nosso país que não dispõe de investimentos suficientes para a sua manutenção. A ausência de políticas de assistência estudantil, de residências universitárias, creches, bolsas de pesquisa, ou seja, de políticas de permanência dos estudantes na universidade são expressões dos ataques contínuos a uma formação profissional de qualidade referendada no Projeto Ético-Político Profissional.
No caso do ensino a distancia há particularidades que exaltam a precarização não só do ensino, mas da própria formação profissional, onde podemos encontrar: - a supervisão acadêmica do estagio sendo realizada em turmas de 50 alunos, sem a presença do profissional em sala de aula, e muitas vezes realizada por profissionais que não são graduados em Serviço Social, ou mesmo em exercício ilegal da profissão;
- Ausência da relação professor-aluno, tendo intervalo de 20 a 40 dias entre as aulas presenciais; apostilas que sintetizam textos ao máximo, com o objetivo de encurtar e aligeirar o processo de formação, onde Marx por exemplo é trabalhado em um capitulo de três paginas;
- há ainda a ausência das próprias avaliações na instituição, que aprova o aluno sem o mínimo de acompanhamento acadêmico. Dentro desses pressupostos reafirmamos a incompatibilidade do ensino a distancia com uma formação profissional crítica, comprometida com o Projeto Ético Político da profissão. O ensino a distancia é atualmente a expressão máxima de precarização do ensino superior, mas que não se esgota nessa modalidade de ensino, encontrando, tanto nas Universidades Públicas como nas instituições privadas e presenciais de ensino, expressões da precarização do ensino.
Frente a essa realidade entendemos que é fundamental defendermos de forma intransigente a/o:
- Implementação das Diretrizes Curriculares da ABEPSS;
- Projeto Ético-político do Serviço Social.
- Apoio às greves dos servidores técnicos das Universidades Federais
- Apoio à paralisação prevista dos professores, promovidas pelo ANDES (agosto)
- Construir com outras executivas e entidades um instrumental de avaliação do ensino superior.
- Em favor da implementação da Política Nacional de Estágio pelas escolas, compreendendo que o estágio tem sido utilizados como forma de precarização das condições de trabalho e substituição do profissional pelo estagiário.
- Na luta pela implementação das 30horas semanais para os Assistentes Sociais e manutenção desta, sem redução de salário.
- Aprofundar a articulação entre CFESS/CRESS, ABEPSS e ENESSO.
· Seguir na construção do Plano de Lutas das entidades de Serviço Social.
CRÉDITOS:
Larissa Alves (Lali)
Graduanda em Serviço Social pela UFS
CASSMAGA-UFS: gestão "Rosa Povo"
ENESSO: gestão 2011/2012 Pés no chão "A cabeça pensa onde os pés pisam"
E
Sheyla Paranaguá
Graduanda em Serviço Social
Faculdade D.Pedro II
Comissão Organizadora do NESSE
Núcleo de Estudos em Serviço Social na Educação